23 de março de 2011

Deputado manifesta preocupação com a falta de informação para a população e destinação final de resíduos radioativos

Brasília (DF) - Motivada pela atual catástrofe na usina nuclear da cidade de Fukushima, no Japão, onde há vazamento de material radioativo decorrente de falha no sistema de segurança, a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realizou nesta quarta-feira (23) audiência pública para discutir os projetos de construção de usinas nucleares no Brasil e a situação das usinas que já estão em funcionamento (Angra 1 e 2).
“As imagens da tragédia no Japão já fizeram diferentes países anunciar mudanças na segurança de seus programas nucleares com interrupção do cronograma de construção de novas usinas (Alemanha e França). É fundamental acompanhar os estudos em execução sobre a situação das usinas existentes e também sobre a construção de novas usinas nucleares no Brasil”, disse o deputado Adrian (PMDB-RJ).
Durante a audiência pública, Adrian manifestou preocupação com a falta de informação dos setores responsáveis pelos programas nucleares. O deputado lembrou ainda que o acidente na plataforma de anchova há 26 anos matou 37 pessoas por falta de segurança e informação. “Não adianta nada se preocuparem com as seguranças das usinas nucleares se as informações que devem ser de conhecimento da população não chegam”.
Os meios de comunicação da região são falhos e insuficientes para manter a população devidamente informada. “Tenho informações de que a Eletronuclear utiliza apenas uma TV via net (canal 10 – Master TV) em caso de emergência. Só que além do canal ser pago, não pega em todos os bairros. Os proprietários do canal também não foram comunicados da referida utilidade pública”.
O deputado mostrou ainda preocupação com a população carioca. “Reportagem do jornal O DIA percorreu o trajeto entre Angra dos Reis e a capital e constatou que as rotas de fuga não são apropriadas para que a população da Costa Verde consiga escapar em caso de acidente, e a população não é treinada adequadamente. A BR-101, que liga as cidades, além de mal sinalizada, tem trechos com quedas de barreiras em obras desde o Réveillon de 2010, quando a chuva fez centenas de mortos na região”, disse.
Outro ponto abordado pelo deputado é sobre a destinação final dos resíduos radioativos que não são informados devidamente.

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