15 de abril de 2011

Adrian visita usina de Angra e critica falhas do plano de fuga em caso de acidente radioativo


Em visita às usinas nucleares de Angra dos Reis (RJ), nesta sexta-feira (15), o deputado carioca, Adrian (PMDB), lembrou que a rodovia Rio-Santos não oferece segurança como rota de escape para a população em caso de acidente nuclear. “Com apenas uma estrada entre o mar e a montanha como rota de fuga, os moradores de Angra dos Reis podem ter problemas para esvaziar o local com rapidez no caso de uma tragédia nuclear. A BR-101 não oferece condição para que a população seja evacuada rapidamente em caso de acidente. Há também uma preocupação muito grande com as condições dessa rodovia,” disse. “No trecho entre Itacuruçá e o Centro da cidade, a pista comporta apenas dois carros, um em cada sentido. No trajeto há quatro obras contra quedas de barreira inconcluídas, uma ocupa parte da via, onde só passa um carro por vez. Além disso, as placas de sinalização estão cobertas pela vegetação”, completa.
Adrian disse também que quando participou da audiência pública, do ultimo dia 24, promovida pela Comissão de Minas e Energia chamou atenção dos parlamentares sobre a falta de treinamento da população. “Só existe uma rota de fuga em caso de acidente nuclear. A população não tem treinamento, não tem abrigo”.

O presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva disse que irá atender sugestão do deputado. "A Eletronuclear vai produzir material informativo à população sobre como proceder em caso de acidente, inclusive com versão para o público infantil", disse.

Serão entregues em todas as residências uma publicação completa com infográficos, mapas, endereços e telefones úteis. Também será confeccionado uma versão infanto-juvenil no modelo revista em quadrinhos.
Outra questão lembrada pelo deputado diz respeito ao depósito do lixo nuclear que, nas usinas de Angra, fica estocado em tonéis lacrados dentro de um galpão, a poucos metros dos prédios dos reatores. “Em outros países, como a Alemanha, se guarda o lixo atômico em uma mina de sal, a 800 metros de profundidade”.

Participaram da visita deputados que integram as comissões de Minas e Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

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