Macaé (RJ) - A cada semana, as manchetes dos jornais e TVs locais registram uma quantidade absurda de acidentes na BR-101. Em boa parte deles, vidas são perdidas graças a imprudência de motoristas, a alta velocidade, más condições da pista e outros fatores. No entanto, é consenso entre autoridades e usuários da rodovia que uma das iniciativas que vai colaborar de forma efetiva para reduzir o número de mortes no trecho entre Silva Jardim e Campos é a duplicação da estrada. Contudo, a realização das obras parece está emperrada na burocracia ou outros interesses que não privilegiam quem trafega todos os dias pelo local.
As cobranças à Autopista, concessionária que administra a rodovia, têm sido feitas constantemente pela população e lideranças políticas, sobretudo, quando um novo e trágico acidente acontece. Por conta disso, a mobilização das autoridades vem ganhando força desde 2010, quando o deputado federal Adrian (PMDB) levou ao plenário da Câmara Municipal o superintendente da empresa, Alberto Gallo, para dar explicações aos parlamentares macaenses sobre o cronograma de obras que contemplam, além da duplicação, a construção do Trevo entre Macaé e a região serrana.
Pouco tempo depois disso, a Autopista deu início às obras do Trevo - que já estão em fase bastante adiantada e vão, após concluídas, garantir segurança aos motoristas num dos trechos mais perigosos de travessia da BR. Entretanto, para que a concessionária também se comprometa em iniciar a duplicação, Adrian agendou reunião na sede da concessionária, em Niterói, com Gallo e outros executivos da empresa para a tarde desta segunda-feira (4). De acordo com o deputado, não há mais como esperar por uma solução que dê fim à perda de vidas por acidentes na estrada.
"Não podemos esperar mais. A duplicação precisa começar a ser feita imediatamente", frisou Adrian, por telefone, que também confirmou um encontro com a superintendência do Ibama. O encontro deve acontecer nos próximos dias. Isso porque, o órgão precisa emitir as licenças ambientais que vão garantir o início das obras pela concessionária. Um trecho da pista é Reserva Ambiental e para que qualquer obra seja realizada é necessária autorização do Instituto.
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