27 de outubro de 2011

Adrian pede maior participação de termelétricas em Plano de Energia


Brasília (DF) – O deputado federal Adrian (PMDB-RJ) participou nesta quarta-feira (26) da audiência pública sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), na Comissão de Minas e Energia.

Durante a audiência, o deputado cobrou de representantes do governo maior participação das usinas de carvão mineral (termelétricas) na matriz energética brasileira em discussão no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE).

O documento prevê o planejamento energético do país até 2020 e serve para orientar as decisões do Executivo no atendimento ao crescimento da demanda e à necessidade de infraestrutura para o setor.

Conforme o PDE, a capacidade energética brasileira deverá subir de 110.000 megawatts (MW) em 2011 para 171.000 MW em 2020, com a priorização das fontes renováveis (hidráulica, eólica e biomassa). A presença desses recursos subirá de 44,8% neste ano para 46,3% em 2020. A expansão na exploração de carvão mineral prevista no plano é de 1.800 megawatts (MW), saindo de 5,1% para 6,1% do total de energia gerada no país.

Adrian defendeu que é preciso trabalhar com todas as fontes de energia existentes, inclusive as não renováveis, como o carvão mineral. “Pela primeira vez, depois de dois meses de discussão, houve reconhecimento de que a térmica vai continuar, não vai deixar de produzir”, disse o parlamentar.

Outros deputados que estavam presentes na audiência reforçaram o pedido do deputado Adrian. Uma das justificativas apresentadas pelos parlamentares sobre a necessidade de investimento em termelétricas é que essas usinas têm mais facilidade para conseguir licenciamento ambiental do que as hidrelétricas em construção, como a de Belo Monte (PA). “As hidrelétricas estão com dificuldade para conseguir a licença ambiental. As térmicas já a têm”, reforçou o deputado Edinho Bez (PMDB-SC).

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, reconheceu que as termelétricas podem ser uma saída: “Se não tivermos a possibilidade de usar as hidrelétricas, vamos utilizar as térmicas”.

Já o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim lembrou que as termelétricas já são usadas atualmente como segundo plano, no caso de demora de licenças para hidrelétricas. Os representantes do governo salientaram, porém, que a prioridade é o investimento em energias renováveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário