3 de novembro de 2011

Royalties: Rio e Espírito Santo podem ter fechamento de estradas como forma de protesto

Brasília (DF) - Após reunião com deputados das bancadas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, realizada no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES), nesta segunda-feira (31), previu novas ações de fechamento de rodovias como forma de pressão dos dois estados contra a redistribuição dos royalties do petróleo. Além o bloqueio de estradas federais nas divisas dos estados, não está descartado interromper o tráfego na rodovia Presidente Dutra - a mais movimentada do país, que liga os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo - em data e local não revelados.
“Se precisar para chamar a atenção da presidenta, a gente fecha até a Ponte Rio-Niterói”, disse o senador Magno Malta. “Estamos indignados, vamos lutar até conseguir. Uma prévia dessa mobilização nas rodovias deve ocorrer nesta sexta-feira (4), nas divisas do Rio e Minas Gerais e Espírito Santo com Bahia”, completou o deputado carioca Adrian (PMDB-RJ).
No próximo dia 10, os parlamentares prometem mobilização em estradas do Rio de Janeiro. Já no dia 11, os protestos devem ocorrer no Espírito Santo. “Dia 10 também faremos uma passeata no Centro do Rio de Janeiro contra as propostas de alteração da Lei do Petróleo no pós-sal e nas áreas licitadas do pré-sal. Participarão também da manifestação, o governador do RJ, Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e vários parlamentares do Estado e dos municípios. Estaremos lá lutando pelos nossos direitos”, disse Adrian.
O fechamento da Via Dutra, segundo os parlamentares, deverá ser feito num trecho que dificulte a saída para outras estradas. Eles acreditam que fechar estradas pode fazer o governo federal mostrar sensibilidade à causa dos estados produtores de petróleo.
O grupo parlamentar reivindica ainda a criação de uma comissão, com a participação dos governadores do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e de técnicos do Ministério da Fazenda, para rediscutir a divisão dos royalties.
Os parlamentares fluminenses e capixabas também estudam contestar a partilha dos royalties no Supremo Tribunal Federal.
Adrian disse ainda que o petróleo é de todos, mas os royalties são nossos (estados produtores), “que corremos sérios riscos de desastres ambientais e danos sociais”.

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